Cada vez mais fortes dentro da estrutura das empresas, as mulheres passaram não apenas a opinar na compra da casa, mas a decidir
Dados da Caixa Econômica Federal apontam que do total de contratos de financiamento habitacional firmados em 2013 no país, 39% foram assinados por mulheres.
O número pode ser bem maior, já que o levantamento considera apenas os contratos em que elas se apresentaram como titular do negócio.
Esses números combinam com a realidade demonstrada pelos dados do Censo Demográfico 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Instituto, foram contabilizados 57,3 milhões de domicílios em todo o país em 2010.
Desse total, 61,3% tinham responsáveis homens e 38,7%, mulheres.
Nas residências localizadas nas áreas urbanas, que representaram 85,9% do total, a proporção de domicílios sob responsabilidade feminina foi ainda maior, 41% contra 59% dos homens.
Tudo isso já aparece no dia a dia das imobiliárias.
Perfil das mulheres
De acordo o diretor da Alphasul Consultoria Imobiliária, Márcio Tavares Lanna, elas já são responsáveis por 35% dos contratos firmados na empresa.
“A primeira triagem, o primeiro contato com a imobiliária, é feito pela esposa. Ela é mais atenta aos detalhes. Verifica a localização, a mobilidade para levar as crianças para a escola, para as compras. Condomínios fechados estão entre as preferências das mulheres com filhos. Elas prestam atenção, também, aos detalhes como distribuição dos cômodos e o número de armários”, explica Lanna.
Quando a mulher gosta e leva o marido e os filhos para uma segunda visita, a chance de o negócio ser fechado é grande.
Já as solteiras têm o perfil bastante parecido com o dos homens também solteiros.
Proximidade de centros comerciais e do trabalho são itens cada vez mais valorizados. “Aos poucos começam a aparecer as que querem o imóvel como investimento, mas esse perfil ainda é minoritário”, afirma o diretor.
Apesar de serem consideradas consumidoras de menor risco, as mulheres não têm vantagens na concessão de crédito imobiliário e nem no valor dos seguros.
Entretanto, com mais paciência do que os homens, muitas vezes conseguem negociar melhor.
“As mulheres, quando tem tempo, conseguem barganhar condições melhores para o negócio. Embora seja difícil conseguir redução de preço, prazos e condições são negociáveis em muitos casos”, aponta o executivo.
Para agradar essa cliente cada vez mais exigente e com poder de negociação o corretor deve estar preparado.
Mostrar imóveis fora do padrão solicitado ou em outra região da cidade é uma estratégia equivocada, e que pode por a venda a perder.
“As mulheres, no geral, gostam de ser atendidas por outras mulheres. Elas se entendem sobre necessidades e anseios e não raramente formam amizades partir desse contato. Fazemos questão de ter no nosso quadro um time de mulheres muito bem preparadas”, garante.
Fonte: Iregistradores – Diário do Comércio – Daniela Maciel
OBS. do Click Habitação:
“A conquista de independência cultural e financeira das mulheres se reflete também na concretização da aquisição da casa própria.
Muitas delas atualmente são chefes de família e sua grande preocupação é a segurança de ter seu imóvel como patrimônio e evitar o aluguel, tanto aquelas que estão sozinhas, como aquelas que possuem família ou dependentes.
Estão cada vez mais cedo assumindo sua liberdade e tomando a decisão de morar sozinha em seu próprio teto.
As que estão casadas ou em união estável tem somado sua renda com a do marido/companheiro, facilitando a obtenção do financiamento habitacional e a compra do imóvel para a família.
O perfil feminino de clientes no mercado vem crescendo nos últimos anos, graças à conquista de ocupar seu espaço produtivo e intelectual na sociedade.”
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