Crédito imobiliário e PIB: Houve crescimento até o início da crise em nossa economia.
Em 2009 participação no PIB brasileiro, estava em 3,1% e chegou ao pico em meados de 2015 onde a participação pulou para 9,6%.
Ainda, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o saldo total de crédito imobiliário no Brasil teve uma variação expressiva de 2007 a 2015, saindo de 1,8% para 9,6%, o que representa crescimento quase 8 pontos percentuais.
O gráfico demonstra este percentual de crescimento ano a ano e comparação com os percentuais de alguns países do mundo (dados de 2013 e 2014).
A evolução da participação do crédito imobiliário e PIB vinha num crescente desde 2007, quando saiu do patamar de menos de 2%, porém começou a estagnar no momento em que o país entrou em recessão (2014-2016).
Hoje a relação PIB/crédito imobiliário situa-se abaixo de 9,5%.
Mas, o mercado de crédito imobiliário está retornando a crescer e temos bons perspectivas para próximos anos.
Como referência, nos EUA, o mesmo indicador se situa em 75%. Em outros países, como Canada, Portugal e Espanha, o crédito/PIB gira na casa de 60%.
Esse porcentual é muito inferior ao registrado em países desenvolvidos, como os Estados Unidos e Alemanha.
Ainda há espaço para crescimento no crédito imobiliário na comparação com o resto do mundo.
Importante ressaltar a dependência absoluta do setor público no crédito imobiliário, cerca de 60%, do financiamento total disponível do mercado imobiliário, de acordo com informações do Banco Central.
Mercado imobiliário e Mercado de capitais
Para que aconteça o crescimento de longo prazo sustentável, é imprescindível que o setor privado assuma papel relevante.
Neste sentido, as opções para o desenvolvimento do setor imobiliário, temos:
- CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários)
- LCIs (Letras de Crédito Imobiliário)
- FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) e
- LIG (Letra Imobiliária Garantida).
A despeito desta baixa representatividade, o mercado de Fundos Imobiliários tem forte crescimento.
Tínhamos 10 mil investidores em 2010 e passamos para 200 mil em 2018. E, hoje, 285 mil investidores pessoas físicas investem em Fundos Imobiliários.
Mantida esta força de crescimento, é provável que, em três anos, tenhamos mais investidores no Brasil em FIIs que em ações da B3.
A LIG ainda é novata no mercado, mas é a de maior expectativa de crescimento a médio e longo prazos.
Susete Assis Campos
Especialista – Crédito Imobiliário
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